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A alquimia transformou purpurina em queijo


7 anos de Rio. Reflexões me trouxeram pra memória o dia que um amigo carioca disparou logo que cheguei em 2011 pra uma participação no Circo Voador... ”não tem jeito, aqui nessa selva você perde sua inocência.” Achei forte a sentença. Vinha do ES com aquela impressão ilusória de estar chegando na terra das oportunidades. Vitrine viva, vidraça quebrada. Zé Berlim Carajás teve que encarar a cidade da Purpurina com Jabá. Um lugar onde o Cristo abre os braços, mas vira o rosto. Numa entrevista com Bial, Raul já falava da cidade das Ilusões e dos Patins. Mas como em tudo nessa vida, existe sempre o outro lado. Você se testa, se prova, se conquista e se reconhece. Admiro quem conseguiu viver um tempo nas grandes cidades. É um teste diário instigante. Descobertas óbvias e valiosas. Onde tem glamour, não tem dinheiro. Mas onde não tem dinheiro, tem escambo. É um processo que ensina a diferenciar preço e valor. Quanto vale um sonho? Cada um coloca seu preço de acordo com o que entende como valor. E em meio a esse caos, uma cidade inspiradora, conectada com o mundo, plural, visceral, engajada e de certa forma rebelde por não aceitar que a festa acabou. Amo o Rio, mas morro de medo dele. Nesse tempo em que moro aqui posso dizer que um de seus segredos preciosos já desvendei: Jamais negue o não que quem te ama tanto espera de você.

Foto: Fred Pacífico


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